Obama e Calderón desbloqueiam passagem para caminhões mexicanos
A quinta reunião entre os dois chefes de Estado terminou com elogios mútuos após semanas de certa tensão diplomática, entre outras causas por causa da morte de um agente americano no México, em 15 de fevereiro.
Calderón se mostrou disposto a estudar "alternativas" para aumentar a segurança dos agentes americanos no México, mas reconheceu que deve consultar seu Congresso, o mesmo que Obama deve fazer com o desbloqueio do programa experimental para os caminhoneiros.
"Estou especialmente satisfeito de anunciar que (...) finalmente encontramos um caminho para resolver a disputa sobre os caminhões entre os nossos países", disse Obama, durante coletiva conjunta com Calderón.
Obama disse que consultará o Congresso para concretizar um acordo com o México que "reforce a segurança da passagem dos caminhões, levante as tarifas alfadegárias (mexicanas) de vários bilhões de dólares a produtos americanos e crie emprego nos dois lados da fronteira".
"O México suspenderá em fases as represálias impostas no campo de tarifas alfandegárias e as dará por terminadas, conforme avance a liberação de transporte de carga", disse Calderón.
Em março de 2009, o Congresso americano cancelou, após dois anos de vigência, um programa piloto para permitir a entrada de caminhões mexicanos aos Estados Unidos.
Em represália, o México impôs pouco depois desta decisão, tarifas alfandegárias a 89 produtos americanos e depois aumentou para 99 a lista de produtos tributados.
O comércio destes produtos representa um volume de negócios de mais de 2,6 bilhões de dólares por ano.
No entanto, é o Congresso americano que tem a última palavra sobre este anúncio, que gerou imediatamente protestos de associações nacionais de caminhoneiros.
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