Total de visualizações de página

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013


Expectativa de vida maior pode ser de má qualidade, diz estudo

Anos a mais de vida podem significar maior incidência de doenças

POR MINHA VIDA - PUBLICADO EM 14/12/2012
Apesar de a população mundial se beneficiar de uma expectativa de vida cada vez maior, os anos a mais estão sendo vividos com menor qualidade por causa de problemas de saúde. É o que afirma um conjunto de estudos publicados dia 13 de Dezembro da revista The Lancet, com trabalhos desenvolvidos em 50 países, incluindo o Brasil. 
Os pesquisadores analisaram um grande volume de dados, como incidência de doenças, motivos de internação hospitalar e mortalidade em diferentes lugares do mundo para produzir um retrato das condições de saúde em 2010. Um dos artigos de destaque foi produzido pela Escola de Saúde Pública de Harvard, que comparou as condições de saúde da população de 187 países entre os anos 1990 e 2010. Os resultados mostraram que um ano a mais de vida corresponde, na verdade, a 0,8 ano vivido com saúde. Quanto mais a expectativa de vida aumenta, maior é o buraco entre longevidade e qualidade de vida.
Em 2010, a expectativa de vida saudável média era de 58,3 anos para um homem e de 61,8 anos para uma mulher. Em relação a 1990, isso representou um ganho de quatro anos com saúde, mas a expectativa de vida total cresceu bem mais nesse período (4,7 anos para eles e 5,1 anos para elas). Segundo os autores, ainda há muito a se caminhar na área de saúde no que diz respeito ao combate das doenças crônicas e suas consequências.
Um estudo australiano, da Universidade de Queensland, mostrou que os transtornos mentais, como a depressão, são responsáveis por metade dos anos vividos com alguma sequela incapacitante. Foram listados também os dez problemas de saúde que mais causam sequelas e pioram a qualidade de vida: dor nas costasdepressãoanemia ferropriva, dor no pescoço,DPOC, problemas muscoloesqueléticos, transtornos de ansiedadeenxaquecadiabetes e quedas.
O Ministério da Saúde afirma que, se não atacarmos as doenças crônicas desde cedo, as pessoas vão até viver mais, mas com sequelas de diversas doenças, como AVC, amputação por causa de diabetes e diálise. Em 2011, a ONU realizou uma reunião de cúpula para discutir o impacto das doenças crônicas, e em maio de 2013 devem ser estabelecidas metas para o combate a doenças como câncer, diabetes e doenças cardiovasculares.

Hábitos que ajudam a ter uma saúde mais plena

Não basta viver mais - é preciso aproveitar esses anos com mais qualidade de vida, longe de doenças e outros problemas que podem atrapalhar nossa rotina e nossa saúde. Confira abaixo medidas essenciais para viver com mais qualidade:

Coma melhor

O abuso de alimentos ricos em gorduras saturadas, sódio e açúcar é um gatilho para doenças como infarto, derrames, hipertensão, obesidade, diabetes e até câncer. Uma alimentação equilibrada, rica em nutrientes, e a prática de exercícios físicos regulares ajudam a manter o peso ideal. Além disso, perder peso melhora a saúde, a autoestima e a memória.

Durma bem

Um estudo da American Academy of Sleep comprovou que dormir bem é um dos segredos para a longevidade. Outra pesquisa da Associated Professional Sleep Societies afirma que quem sofre de insônia crônica corre três vezes mais risco de morrer em comparação a pessoas que não sofrem com o problema.

Pratique exercícios

Dizer não ao sedentarismo significa afastar de perto doenças como obesidade, hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes e hipertensão, além de dar mais disposição e energia. Para colher todos esses benefícios, procure caminhar três vezes por semana durante uma hora.

Controle os nervos

O estresse pode favorecer o aparecimento de doenças e, por isso, precisa ser observado e controlado. "Quanto maior for o nível de estresse, maior será a deterioração física e psicológica da pessoa", mostra a psicóloga Sandra Calais, da Unesp.

Apague o cigarro

Estima-se que cerca de 200 mil mortes por ano, no Brasil, são decorrentes do tabagismo, responsável também pelos riscos aumentados de câncer de pulmão, de boca e doenças cardiovasculares.

Cultive bons amigos

Uma pesquisa da Universidade Brigham Young (EUA) descobriu que quem vive rodeado de amigos e vizinhos pode viver até 50% mais do que alguém que vive só. Para os pesquisadores, perder o apoio social pode diminuir ainda mais a expectativa de vida do que obesidade, fumo ou sedentarismo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário