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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012


A ponte Niju é uma das paisagens mais famosas do palácio
 
Palácio Imperial torna-se atração
para japoneses e estrangeiros
Bela arquitetura, história e riqueza de áreas verdes são as atrações
 

O portal Kitahane, no Jardim Imperial
Leste, é um dos acessos ao parque
(Texto: Yoko Fujino/NB | Fotos: ©Yasufumi Nishi/© JNTO, Kyodo e Divulgação)
Uma área verde bem no meio de uma metrópole de 37 milhões de habitantes vem se tornando atração turística, de acordo com jornais japoneses. É o Palácio Imperial de Tóquio, onde fica a residência do imperador Akihito e da imperatriz Michiko, e onde são realizados rituais como entronização e recepção a chefes de Estado.
A área conhecida como Palácio Imperial é composta pelos parques Kitanomaru, Koukyo Higashi Gyoen, Koukyo Gaien, Wadakura Funsui Kouen, praça Koukyo Mae e jardim imperial de Fukiage. Neste último, localiza-se a residência do imperador.
A região era ocupada pelo castelo Edo (Edojoo) e residências de senhores feudais até meados do século 19, quando terminou o xogunato. A torre (tenshukaku) foi perdida em um incêndio em 1657, que consumiu outras partes do castelo e a cidade de Edo. Ela não foi reconstruída, mas a base de pedra permanece até hoje no parque Higashi Gyoen.
Atualmente, à exceção da área destinada à residência e ao cerimonial imperial, o palácio fica aberto ao público. No ano passado, o número de visitantes passou de 975 mil e, neste ano, até o final de abril, quase 400 mil pessoas passaram pela área do palácio, de acordo com a Casa Imperial. A expectativa é que o número de visitantes passe de 1 milhão em 2010.
Acredita-se que o aumento do público se deva à postura do casal imperial, que vem buscando contato com o povo, abrindo os jardins do palácio para visitação pública em datas especiais. Os locais abertos para a população em geral são repletos de atrações. Veja a seguir o que você pode visitar neste oásis verde no meio da maior metrópole japonesa.
 

Jardim Imperial Leste tem diversas
espécies de flores, o ano todo

Museu da Coleção Imperial mostra objetos de arte e os usado em cerimônias, como o figurino do casamento dos imperadores

Crianças e idosos são convidados especiais
do casal imperial na visita ao bosque Fukiage
Jardim Imperial Leste (Higashi Gyoen)A área de 21 hectares era ocupada pelo castelo Edo até o fim do xogunato. Hoje, os visitantes podem ver a estrutura de pedras sobre a qual ficava a torre de cinco pavimentos. Durante todo o ano há alguma planta florescendo no jardim: no inverno, há camélias, narciso, adônis; no verão podem ser vistas flores-de-íris, hortênsia, murta, wisteria e gardênia; e, no outono, as flores de equinócio e crisântemos, além das árvores que ganham coloração amarela e vermelha são as atrações. Mas é na primavera que a natureza mostra todo o esplendor: além das diversas espécies de cerejeiras, há várias espécies de azaleias, aronia, pessegueiro, rosa asiática, orquídeas e magnólia.
Acesso pelas pontes Kitahanebashi, Oote e Hirakawa.
Estações próximas: Ootemachi e Takebashi do metrô
Horário:
1º/3 a 14/4, das 9h às 16h30
15/4 a 31/8, das 9h às 17h
1º/9 a 31/10, das 9h às 16h30
1º/11 a 28/2, das 9h às 16h (entrada permitida até 30 minutos antes do fechamento dos portões)
Fecha entre os dias 28 de dezembro e 3 de janeiro, e no aniversário do imperador
(23/12). Pode fechar também quando há alguma cerimônia oficial sendo realizada.
A entrada é grátis, mas é necessário retirar o cartão de visitante na recepção, que deve ser devolvido na saída.


Parque das Fontes Wadakura (Wadakura Funsui Kouen)O parque de 15 mil metros quadrados foi inaugurado em 1961, em comemoração ao casamento do então príncipe-herdeiro Akihito (atual imperador) com a princesa Michiko. Em 1996, para comemorar o casamento do atual príncipe-herdeiro Naruhito com a princesa Masako, o local passou por reformas. O jato d’água da fonte principal atinge até 8,5 metros. À noite, os chafarizes recebem iluminação especial, e o local tornou-se destino de casais de namorados. Mas as fontes não são apenas bonitas: elas servem para purificar a água do fosso do palácio.
O restaurante do parque, administrado pelo Palace Hotel Tokyo, patrocina a manutenção do local. As janelas envidraçadas permitem visão privilegiada das fontes.
Acesso pela ponte Wadakura
Estações próximas: Nijubashi Mae e Otemachi, do metrô.
Horário: almoço, das 11h às 14h; chá da tarde, das 14h às 17h. Funciona à noite mediante reserva. No chá da tarde, é servido bolo com café ou chá a partir de 800 ienes (R$ 15,29).


Museu da Coleção Imperial (San’nomaru Shoozookan)O museu foi aberto em 1993, com objetos doados após o falecimento do imperador Showa, em 1989. Entre os objetos expostos, há biombos e espadas usados em cerimônias, artigos de decoração usados nos palácios de Tóquio e Quioto, além de obras de arte oferecidas por nobres e chefes de Estado estrangeiros. Há também obras adquiridas nos salões nacionais de arte. Destacam-se uma série de pinturas de Kano Eitoku, Kano Yutan, Maruyama Okyo, Sakai Houitsu, Ito Jakuchu, Yokoyama Taikan e Hirafuku Hyakusui.
Acesso pelas pontes Kitahanebashi, Oote e Hirakawa.
Estações próximas: Ootemachi e Takebashi, do metrô
Aberto de terça a quinta-feira e nos finais de semana, das 9h às 16h15. Entre novembro e janeiro, fecha às 15h45. Fecha entre 28 de dezembro e 3 de janeiro e durante montagem de exposições. Ingresso grátis.


Jardim Imperial de Fukiage (Fukiage Gyoen)O amplo bosque que ocupa a parte oeste do terreno do Palácio Imperial, com 25 hectares, é chamado Fukiage Gyoen. Antigamente era um típico jardim japonês, remanescente da época em que o xogunato controlava o Japão do castelo de Edo. Depois que a família imperial se mudou para Tóquio, a área foi usada como campo de golfe, mas a mudança veio em 1937: o imperador Showa, que então ocupava o trono, decidiu deixar a natureza ocupar o lugar. Hoje ele é uma importante área verde da metrópole e, de acordo com a Agência Meteorológica, tem grande importância na redução de ilhas de calor na região.
A residência do imperador fica nesta área, e seu acesso não é permitido ao público. Mas duas vezes por ano, a família imperial abre as portas para a população em passeio guiado: na primavera estudantes de shogakkoo (Ensino Fundamental) são convidados em data próxima ao dia 5 de maio, Dia das Crianças. No outono, próximo ao Dia do Idoso, terceira segunda-feira de setembro, pessoas acima de 70 anos conhecem as alamedas do bosque.
Adjacências
Além do Palácio Imperial, o bairro de Marunouchi, na capital, é repleto de atrações, como a estação de Tóquio, inaugurada em 1914. A saída sul de Marunouchi mostra a elegância da construção, com seu domo alto e iluminado. O prédio com fachada de tijolos passa por restauros e, assim que for concluído, está prevista a reabertura do hotel e da galeria de arte. A construção foi projetada por Kingo Tatsuno, a partir do projeto do alemão Hermann Rumschöttel.
O bairro de Marunouchi concentra as sedes de grandes companhias japonesas. O prédio Marunouchi (Marunouchi Building), de 1923, foi reformado em 2002, renascendo como uma construção de uso misto, com escritórios, lojas e restaurantes em 37 andares. Outros dois prédios construídos recentemente, o Novo Marunouchi (Shin Maru building) e Marunouchi Oazo, também têm área de compras e restaurantes. Como os três estão interligados à estação de Tóquio pelo subsolo, são boas opções de passeio para quem espera a partida do trem.
 

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